João dos Santos Martins

RESIDÊNCIA

JOÃO DOS SANTOS MARTINS

8 – 12 janeiro 2024

 

É OBRA

Derivativa do italiano, a palavra “opera” significa trabalho no duplo sentido: o labor de fazer algo e o seu resultado. Opera remete tanto ao trabalho operático num teatro quanto ao trabalho operário numa fábrica. “Trabalho” e “performance” estão intimamente ligados.

“É obra” explora a relação entre dança e trabalho. Há poesia no trabalho? Se a ópera é característica de um esforço de convivência de linguagens, “É obra” explora diferentes sistemas da língua — a oral, a escrita e a gestual — como matéria para fazer o corpo ressoar e transbordar enquanto textura, sensualidade e sensação.

Centrando-se em ideias de tradução da língua em corpo e paisagem, este trabalho pesquisa como criar estrutura coreográfica através da própria dança, ao invés da coreografia produzir a dança. Fazendo interagir gesto, signo e som, procura-se expandir o corpo à sua condição social mais imanente, movendo-se em direção à carne.

 

Apresentações
3 e 4 de maio de 2024 – ESTREIA – Festival Dias da Dança, Porto, Portugal
16, 17 e 18 de maio de 2024 – Culturgest, Lisboa, Portugal

De João dos Santos Martins
Com Adriano Vicente, Ana Rita Teodoro, Connor Scott, João dos Santos Martins, Natacha Campos, Noel Quintela, Sofia Kafol e Teresa Silva
Figurinos Constança Entrudo
Luz Filipe Pereira e Joana Mário
Produção e administração João dos Santos Martins, Lysandra Domingues e Sofia Lopes | Associação Parasita
Coprodução Associação Parasita, Culturgest, Teatro Municipal do Porto
Residências Espaço Parasita, Estúdios Victor Córdon, O Espaço do Tempo, PRO.DANÇA

A Parasita é uma estrutura apoiada pela República Portuguesa: Cultura / DGArtes Direção-Geral das Artes

 


João dos Santos Martins é artista. Estudou na Escola Superior de Dança (Lisboa), na P.A.R.T.S. (Bruxelas), no e.x.er.c.e, (Montpellier) e no Instituto para Estudos Aplicados ao Teatro (Giessen). O seu trabalho, geralmente desenvolvido em processos colaborativos, abrange várias formas que focam a dança, seja através da coreografia, da exposição ou da edição. Essas formas são atravessadas por questões que concernem genealogias da história da dança, processos de transmissão, a relação entre prática e discurso, e paradoxos sobre a atividade de dançar. Juntamente com Ana Bigotte Vieira, criou um dispositivo para o mapeamento colectivo da dança em Portugal — Para Uma Timeline a Haver.
Dançou em trabalhos de Ana Rita Teodoro, Eszter Salamon, Moriah Evans, Xavier Le Roy, Jérôme Bel, Manuel Pelmuş, Rui Horta, entre outros. Fundou a Parasita em 2014, uma cooperativa de artistas de que faz parte.