GRIOT

Imagem ©João Duarte

RESIDÊNCIA
O Riso dos Necrófagos
7 – 11 FEV 2022

 

Ensaios:

Premio Internazionale Teresa Pomodoro

Spazio Teatro No’hma | Milão, Itália

16, 17 fevereiro, 21H

 

O Teatro GRIOT apresenta “O Riso dos Necrófagos” – direção de Zia Soares, coprodução Teatro GRIOT/ Culturgest, estreado no Grande Auditório da Culturgest em abril de 2020 – no Spazio Teatro No´hma, em Milão, Itália, no âmbito da XIII Edição do Premio Internazionale Teresa Pomodoro. Fadhel Jaïbi, Gábor Tompa, Lev Abramovič Dodin, Peter Stein ou Tadashi Suzuki são alguns dos diretores que compõem o júri internacional que seleciona os espetáculos a serem apresentados no Spazio Teatro No´hma entre 2021 e 2022.

  

O Riso dos Necrófagos começa nos vestígios da Guerra da Trindade encontrados na ilha de São Tomé, pela encenadora Zia Soares e pelo músico Xullaji, nas bocas dos que a viveram e dos que a ouviram contar.

Nesta guerra os mortos foram amontoados em valas comuns ou no fundo do mar, num exercício de violência, perpetrado pelo invasor que acredita que, ao despojar os mortos dos seus nomes, os condena ao esquecimento. Mas para os santomenses, são presenças na ilha como símbolo encarnado e, para celebrá-los, anualmente no dia 3 de fevereiro, cumprem um itinerário ritualístico, desfilando ao longo de várias horas numa marcha amplificadora de falas, cantos, risos e sons que saem de corpos convulsos.

 

A utopia de esvaziar o mar | Zia Soares, encenadora

O Riso dos Necrófagos transporta a esfera carnavalesca do desfile para o chão da performance construindo a isocronia no corpo dos atuantes; é prolongamento do percurso celebratório, entrópico, onde os atuantes manipulam imagens, desossam e riem do delírio na convergência de todos os tempos que evoluem por via de mecanismos do transe e da possessão — o corpo transfigura a cena à medida que os vestígios e os fragmentos da carnificina são devorados pelos atuantes-necrófagos.

É a ilha-necromante.
É o manifesto do riso.
A exultação do riso abençoado pelos mortos.
Um caos que não define a ordem.
Afinal a utopia de esvaziar o mar.

 

Direção: Zia Soares

Texto: Alda Espírito Santo, Conceição Lima, Zia Soares

Elenco: Aoaní Salvaterra, Benvindo Fonseca, Lucília Raimundo, Mick Trovoada, Neusa Trovoada, Vera Cruz, Xullaji, Zia Soares

Música: Xullaji

Cenário e Figurinos: Neusa Trovoada

Design de luz: Jorge Ribeiro

Movimento: Lucília Raimundo

Apoio ao movimento: Marcus Veiga

Tradução para forro: Solange Salvaterra Pinto

Construção de cenário: Carlos Caetano – Construções Ilimitadas

Confeção de figurinos: Aldina Jesus Atelier

Operação de som: Luís Moreira

Vídeo: António Castelo

Design gráfico: Neusa Trovoada

Produção executiva: Noé João

Produção: Teatro GRIOT

Coprodução: Culturgest

Apoios: Academia Arte&Dança, Associação Mén Non, Batoto Yetu, Cacau, Câmara Municipal Moita, Carlos Caetano – Construções Ilimitadas, Casa da Dança, DeVIR/CAPa – Centro de Artes Performativas do Algarve, Foundation Obras, Fundação Alda Espírito Santo, Hangar, Junta de Freguesia Misericórdia, Khapaz, Polo Cultural Gaivotas Boavista, República Democrática de São Tomé e Príncipe – Embaixada em Portugal, ROÇAMUNDO-Associação para Cultura e Desenvolvimento, TerranoMedia.

O Teatro GRIOT é uma estrutura financiada pelo Governo de Portugal – Ministério da Cultura/Direção-Geral das Artes e pela Câmara Municipal de Lisboa. 

Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – Feminist Futures, um projeto cofinanciado pelo Programa Europa Criativa da União Europeia.