COMER O MUNDO
Comer o mundo como metáfora para afirmar a unidade do ser vivo com a matéria do mundo. Somos água, minerais, fogo e ar. Esta noção de que nossos corpos não são individuais, mas um emaranhado das matérias, elementos e consciências do mundo irá nos guiar durante o workshop a trabalhar sobre práticas baseadas em princípios de conexão e cooperação. A partir de improvisações, movimentos pré estabelecidos e propostas de composição/criação, iremos exercitar modos de cohabitação e reconfiguração dos corpos, transbordando os limites das identidades. Com foco em nossa boca, mãos e pés, iremos criar organismos, corpos coletivos, fusões, espelhamentos. Trabalharemos individualmente, mas principalmente em duplas e grupos. Toque e contacto físico fazem parte deste workshop. Acordo, escuta, sensibilidade e rigor serão nossos guias. Relações são modos de estar no mundo. Como se posicionar em relação ao outro? Como as posturas e acões afetam uns aos outros? Como parir novas lógicas?
Diariamente realizaremos práticas que acalmem o sistema nervoso e que proporcionam maior consciência sobre o próprio corpo. Cada dia pode incluir pratica de Kundalini yoga – uma sérias de movimentos conectados a exercícios de respiração que articulam a coluna, trabalha músculos aumentando a energia física e consciência. O efeito é acumulativo, criando vitalidade e forca. Durante o workshop textos e referências teóricas (por ex: Emanuele Coccia, Robin W Kimmerer, Adriana Cavarero, etc) serão compartilhadas para inspirar nossas atividades.
As palavras-chave deste workshop são: circularidade, reciprocidade, interdependência, conexão, coabitação e transmissão.