EXCALIBUR
Fascina-me o modo como as pessoas se representam e mostram nos planos sociais da existência. Intrigam-me as tensões entre “parecer” e “ser” e como podemos viver mais próximos da nossa essência. Penetrar no abismo do mistério, sem medo, reclamando a magia recalcada pelo “contemporâneo”. EXCALIBUR como símbolo do que está oculto e que ressurge agora, nos corpos e suas manifestações oníricas e que se revela na luta contra a hiper-normalização.
Este será um laboratório de experimentação criativa, que indaga as possibilidades da dança, do movimento e da performance como prática política de ativação do corpo. Serão investigados modos de atenção e estados de consciência que permitam a reconfiguração dos filtros que usamos para entender a “realidade”. A noção de dança será constantemente posta em causa através da reconfiguração dos padrões de comportamento e identidade. Abarcar-se-á o jogo, o jogar a sério, que é brincar, porque brincar é essencial para a percepção lúcida da realidade, desligada da auto-censura e em sintonia com a curiosidade.
Irei partilhar inúmeras ferramentas que fui reunindo ao longo do meu percurso, desde práticas de movimento e meditação, a guiões imaginários e diferentes rituais, ferramentas que uso nos meus processos criativos e na vida em geral.
Foto: Cátia Barbosa