4 MAIO 2025, 18H
- Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Principal I TRANSBORDA 2025

E NUNCA AS MINHAS MÃOS ESTÃO VAZIAS
CRISTIAN DUARTE
Local: Teatro Municipal Joaquim Benite – Sala Principal
Preçário: Adultos – €10 | Jovens – €7 | Seniores – €8,50
M/12 | Duração: 60 min.
Conversa após a apresentação com o crítico Ruy Filho
E nunca as minhas mãos estão vazias é o título da nova produção de Cristian Duarte em companhia.
«O título veio da cantora Maria Bethânia declamando Sophia de Mello Breyner Andresen: “Apesar das ruínas e da morte/ Onde sempre acabou cada ilusão/ A força dos meus sonhos é tão forte/ Que de tudo renasce a exaltação/ E nunca as minhas mãos ficam vazias.” E é nessa realidade ainda em meio a guerras, devastação e desigualdades em diferentes esferas e escalas, que a dança se materializa. A concentração na modulação de tônus do corpo e do espaço-tempo, especificidade de quem dança, faz a matéria-movimento desorientar qualquer linearidade e dá forma para incontáveis construções, desconstruções e reconstruções. A insistência em sentidos táteis e cinéticos, a fusão de gestos e camadas de som transformam narrativas predefinidas, dando lugar, com nitidez, para um novo poema, apesar de várias e tantas mortes, existe fresta, afirmação em movimento, sim, nascentes, ainda há vida.
As nove artistas que compõem o elenco mergulham em seus repertórios físico-afetivos, trazendo para a superfície de contato pedaços de expressões, gestos e movimentos para serem devorados coletivamente.» Cristian Duarte
E nunca as minhas mãos estão vazias, by choreographer Cristian Duarte with his São Paulo group ‘in’ company, is a dance that materialises in the midst of wars, devastation and inequalities, opening up gaps and affirmations in movement. The title comes from a poem by Sophia de Mello Breyner Andresen: ‘Despite the ruins and death/ Where every illusion always ended/ The strength of my dreams is so strong/ That from everything exaltation is reborn/ And my hands are never empty.’
Foto: ©Mayra Azzi
Ficha Artística
Coreografia e direção: Cristian Duarte
Criação e dança: Aline Bonamin, Allyson Amaral, Andrea Rosa Sá, Danielli Mendes, Felipe Stocco, Gabriel Fernandez Tolgyesi, Leandro Berton, Maurício Alves e Paulo Carpino
Acompanhamento dramatúrgico: Júlia Rocha
Iluminação: André Boll/ Santa Luz
Conceção sonora e figurinos: em companhia
Performance sonora: elenco
Operação de som: Eduardo Bonuzzi (Mancha)
Fotografia: Mayra Azzi
Vídeo: Iago Mati
Realização: Programa Municipal de Fomento à Dança para a cidade de São Paulo — Secretaria Municipal de Cultura, Bonobos Produções e Z0NA
Apoio: Casa do Povo
Produção: Corpo Rastreado
O coreógrafo Cristian Duarte é um artista de dança paulistano. Formou-se no Estúdio e Cia Nova Dança em São Paulo e na P.A.R.T.S. (Performing Arts, Research and Training Studios) em Bruxelas. A sua prática artística tem sido marcada pela criação de contextos para experimentação e formação em dança como APT?, DESABA, LOTE e Z0NA em parceria com diversos artistas da cidade de São Paulo. Desde 2013 que é artista residente na Casa do Povo. Tem sido convidado como professor e coreógrafo por importantes instituições de ensino como a DDSKS (Copenhagen), P.A.R.T.S. (Bruxelas) e DOCH/SKH – Stockholm University of the Arts (Estocolmo). As suas criações têm sido reconhecidas pelos principais prémios de dança no Brasil e apresentadas internacionalmente. Com 5 prémios APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte), entre os seus trabalhos destacam-se: Bioglomerata (2024) para o BCSP – Balé da Cidade de São Paulo, E Nunca As Minhas Mãos Estão Vazias (2023), Ó (2016), Against the Current, Glow para o Cullberg Ballet de Estocolmo (2015), The Hot One Hundred Choreographers (2011).