ARUS FEMIA
6 – 14 fevereiro 2025
«ARUS FEMIA (cuja tradução do crioulo guineense para português é “arroz fêmea”) inspira-se nas mulheres guineenses cujos cabelos viriam a tornar-se celeiros de sabedoria ancestral — humana, botânica, espiritual. No Novo Mundo as mulheres agitaram as cabeças e dos seus cabelos libertaram-se as sementes que fecundaram a terra.
ARUS FEMIA, uma inexorável taticografia levada a cabo por performers ou irans (espíritos/ divindades) ou kankurans (espíritos guardiães dos rituais de iniciação) ou humanfíbios, um espetáculo ou um sortilégio que se cumpre em solenidade, onde cenários distópicos são miragens obsoletas.» Zia Soares
foto:©António Castelo, Neusa Trovoada
Direção, encenação, texto: Zia Soares
Interpretação: Albertinho Monteiro, Aoaní Salvaterra, Dionezia Cá, Izária Sá Lisboa, Lé Baldé, Urbício Vieira, Vladimir Bidam Quadé, Xullaji
Participação especial: Ramiro Naka
Música: Xullaji
Movimento coreográfico: Vânia Doutel Vaz
Instalação: Neusa Trovoada, Nú Barreto
Design de iluminação: Carolina Caramelo
Vídeo: António Castelo
Video design: Cláudia Sevivas
Figurinos: Neusa Trovoada
Direção de produção: Camila Reis
Apoio à pesquisa: TINIGUENA
Produção: Sowing_arts
Coprodução: Netos de Bandim, Teatro Municipal do Porto
Apoio: Casa da Dança, GROWTH, Fundação Calouste Gulbenkian, Polo Cultural Gaivotas Boavista
Projeto financiado por República Portuguesa – Cultura I DGARTES – Direção-Geral das Artes // Zia Soares é uma artista apoiada pela apap – FEMINIST FUTURES
Agradecimentos: Auditório Camões, Cooperativa Agropecuária de Jovens Quadros, Comunidade de Cabedu, Comunidade de Calaque, Comunidade de Contuboel, Comunidade de Cumuda, Comunidade de Djobel, Comunidade de Elia, Comunidade de Mansaba Sutu, Comunidade de Saridjai, Comunidade de Sintchã Sutu, Comunidade de Suzana, Comunidade de Tabato, Federação KAFO – Banco de Sementes Tradicionais de Arroz, Livígia Monteiro, Nakasadarte RAMIRO NAKA & Afro Gumbe Show
Zia Soares é encenadora e atriz. Trabalha entre a África e a Europa. Na sua prática, experimenta obsessivamente a construção de dramaturgias novas enraizadas em poéticas de oralidades e (in)corporalidades divergentes. Das recentes encenações destacam-se: Pérola sem Rapariga, coprodução Sowing_arts/TNDM/apap FEMINIST FUTURES, e o Riso dos necrófagos, de sua autoria, coprodução Teatro GRIOT/Culturgest, distinguido com o Prémio Internazionale Teresa Pomodoro (Itália) para Melhor Espetáculo 2021/2022.