CONNECTION
“Kyou-Kankaku / Synesthesia”
13 – 17 janeiro 2025
A sinestesia ocorre quando o cérebro direciona informações sensoriais através de múltiplos sentidos não relacionados, fazendo com que a pessoa experiencie mais de um sentido em simultâneo. Alguns exemplos incluem sentir o gosto de palavras ou associar cores a números e letras.
Objeto de pesquisa
A nossa pesquisa tem como objetivo compreender e comunicar sensações e visões que, normalmente, são difíceis de expressar. Como estudo experimental, três de nós ouvimos a mesma música e discutimos as imagens que cada um de nós percebe. Focamo-nos nas nossas experiências sensoriais únicas e tentamos visualizar as nossas perceções utilizando diversos métodos. Esta investigação inclui ouvir as vozes de pessoas que percebem formas nos sons, pessoas que veem cores nos sons, pessoas que criam histórias com música, e temos, inclusive, uma pessoa com sinestesia – também uma condição neurológica. O nosso objetivo é investigar o mundo sensorial dessas pessoas, aprender como os seus sentidos são utilizados na vida social. Esperamos resultados experimentais únicos, mas também muito interessantes.
Coreografia e performance: Marina Yuri, Saya Abe (Vrijheid Global Art Community), Tomomi Watanabe
Produção executiva e administração: Marina Yuri, Saya Abe from Vrijheid Global Art Community, Tomomi Watanabe
Residências: Casa da Dança
Produção: Marina Yuri, Saya Abe from Vrijheid Global Art Community, Tomomi Watanabe
Estreia: Exposição Mundial de Osaka (Japão), 29 Abril 2025
Tomomi Watanabe é uma artista de dança japonesa atualmente sediada em Portugal. Estudou vários estilos de dança em diferentes locais fora do Japão, incluindo Nova Iorque, Londres e Berlim. O seu estilo é influenciado por técnicas de dança moderna, dança contemporânea e artes marciais japonesas. Tomomi já trabalhou com artistas de diversas áreas, como fotografia, criação de vídeos, música, performance vocal e artes digitais. Recentemente, atuou na Eslovénia, Alemanha, Áustria e Japão. Atualmente, está a preparar a criação de uma nova performance em palco em Portugal com o grupo de artistas japoneses Vrijheid Global Art Community, que será apresentada na Exposição Mundial 2025, em Osaka, Japão.
Vrijheid Global Art Community
Um coletivo artístico sediado em Osaka, Japão, fundado por Marina Yuri e Saya Abe. O grupo tem como objetivo promover o intercâmbio internacional através da dança e da arte, criando uma comunidade global. Pretendem criar uma comunidade aberta que envolva o público em geral e organizar eventos que permitam a muitas pessoas sentir-se mais próximas da arte e de culturas estrangeiras. O seu objetivo é construir conexões entre as pessoas utilizando a arte, um meio pacífico e livre de auto-expressão.
Além de uma atuação na Exposição Mundial de Osaka e de uma performance encomendada pela Divisão de Cultura da cidade de Ibaraki, província de Osaka, o grupo está também a planear workshops online com participantes internacionais, eventos, performances, digressões e outros projetos, como festivais de arte, tanto no Japão como no estrangeiro. Em colaboração com a bailarina japonesa Tomomi Watanabe, atualmente sediada em Portugal, vão trabalhar na criação de um novo espetáculo na Casa da Dança, com estreia marcada para 29 de abril de 2025 na Expo de Osaka.
Saya Abe é uma bailarina, coreógrafa e professora de dança japonesa. Iniciou a sua formação de dança e bastão artístico ainda pequena e ganhou o Grande Prémio com a equipa de bastão da sua escola secundária. Após concluir o ensino secundário, mudou-se para Nova Iorque para estudar no Broadway Dance Center. Foi bailarina da companhia Synthesis Dance. Depois de regressar ao Japão, conquistou vários prémios em competições nacionais e internacionais, incluindo o 3º lugar na VIBE Dance Competition e o Prémio Especial dos Juízes no Legend Tokyo. Além disso, tem atuado ativamente em diversos palcos, em espetáculos teatrais, videoclipes e eventos. Como educadora, Saya é professora do Clube de Bastão Artístico da Universidade de Ritsumeikan e da equipa de bastão SHIN. Com o seu grupo de arte/dança, AMBER, Abe organiza vários eventos de performance imersiva onde o público pode pintar enquanto dança, com o objetivo de incentivar as pessoas a aceder ao seu lado criativo.
Marina Yuri começou a sua formação de ballet aos 3 anos de idade. Depois de se formar na Osaka Dance & Actors School, mudou-se para Nova Iorque, onde atuou em vários festivais e espetáculos como bailarina do Hutchinson Collective, The Next Stage Project e Synthesis Too. Trabalhou também com diversos coreógrafos, como Igal Perry e Lajon Dantzler. Marina atuou como professora assistente em instituições prestigiadas como a Universidade de Nova Iorque (NYU), Joffrey Ballet School, Broadway Dance Center, Peridance, no LU Contemporary Dance Festival na China e no Stage de Danse de Mansle em França. Tem vindo a atuar em cidades japonesas como Tóquio, Osaka e Nagoya, bem como na Suécia, Países Baixos e França. Atualmente, Marina dá aulas de Ballet, Jazz, Contemporânea e Dança de Rua em vários estúdios e escolas na região de Kansai, no Japão. É também membro do corpo docente da Universidade de Ashiya e da Osaka Dance & Actors School.