NATÁLIA MENDONÇA, MAURÍCIO FLORES e MARINE SIGAUT

RESIDÊNCIA
KDEIRAZ
9 – 13 MAI 2022

KDEIRAZ adentra o universo infantil onde brinca com a coreografia da desprogramação do que esse objeto cotidiano nos propõe. Entre o tempo regular e o fantástico, entre o ordinário e o extraordinário, a cadeira é protagonista nessa viagem e a grande propulsora de encontros e experimentações sem fim”

KDEIRAZ se debruça na criação de jogos coreográficos com o intuito de problematizar o uso excessivo da cadeira no nosso cotidiano. A pesquisa deseja investigar outras possibilidades que o contato com a materialidade desse objeto pode nos provocar. Coreograficamente, a peça tem se desenvolvido fundamentada em estudos sobre a fenomenologia e os processos de imaginação da criança, ou seja, não representar estereótipos infantis e sim investigar o que seriam movimentos de interesses das crianças. Ideias como “A infância não é uma questão cronológica, a infância é uma condição da experiência” e “No reino infantil, não há sucessão nem conectividade do tempo, mas a intensidade de cada duração” permeiam as experimentações cênicas.

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Criação e Interpretação: Mauricio Flórez e Natália Mendonça
Direção: Natália Mendonça
Figurino: Marine Sigaut
Cenografia: Marine Sigaut / collab Mozão
Colaboração Joana Egypto e Josefa Pereira
Concepção e Pesquisa Visual: Dani Barra
Foto de divulgação: Maura Grimaldi
Residências Artísticas: Núcleo A70, Casa da Dança de Almada, Programa de Residências – O Rumo do Fumo, LU.CA – Programa de Residências Artísticas Acompanhadas e Programa de Residências Estúdios Victor Córdon

fotografia© Maura Grimaldi

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Natália Mendonça é brasileira e trabalha como performer, coreógrafa e preparadora corporal. Baseada em Lisboa desde 2020, foi integrante do Pacap 4. Atualmente desenvolve seus trabalhos autorais, colabora com coreógrafas e conduz aulas de dança no Fórum Dança. Como diretora, está em processo com os trabalhos KDEIRAZ e Chorume. Com Josefa Pereira é colaboradora no processo da trilogia Bestiário Pink e com Dinis Machado é performer em Cyborg Sunday. No Brasil, graduou-se em Dança pela UNICAMP e suas principais parcerias estão com: Clarice Lima e Cristian Duarte. Integrou o núcleo artístico de projetos com: Marta Soares, Elisabete Finger, Cia Perversos Polimorfos, Jorge Garcia e o artista guatemalteco Naufus Ramirez Figueroa. Desde 2018 é preparadora corporal da ColetivA Ocupação, grupo formado por artistas que se conheceram durante o levante do movimento secundarista em São Paulo, entre 2015 e 2016.

Mauricio Flórez é formado em dança e pedagogia pela Universidad de Antioquia, Medellín – Colombia e em fotografia pelo M2 Studio com o mestre Carlos Moreira. Desde 2012 mora em São Paulo, onde integra o núcleo artístico da Key Zetta e Cia. Atualmente é aprendiz na Comunidade Selvagem, ciclo de estudos sobre a vida onde confluem arte, ciência e filosofias ancestrais indígenas, este ciclo de estudos é liderado por Ailton Krenak e a Dantes Editora. Desde 2015 Mauricio vem pesquisando processos mágicos de metamorfose do corpo associados ao uso de máscaras e estados extraordinários de consciência induzidos pela ligação entre memória, imaginação e movimento.

Marine Sigaut, francesa radicada em Lisboa, tem se dedicado à direção de arte e a processos de criação desde 2014. Sua pesquisa flerta com a multiplicidade de linguagens, abraçando a cenografia, o figurino e a identidade visual. Mestrou-se em ciências políticas e comunicação no Institut d’Etudes Politiques de Lyon e pós-graduou em direção de arte para audiovisual, no Senac de São Paulo. Gerenciou projetos de comunicação em grandes empresas e é colaboradora em projetos artísticos e socio-culturais, dentre eles a Plataforma de Microperformances e a Revolta da Lâmpada. Como diretora de arte assinou trabalhos como: os videoclipes Sabiá de YMA / Viver é o antídoto do seu próprio veneno de Revolutionaif / Petiza e Declarações de Meia Noite de Mimi Frões; as peças MUÁ de Dani Barra / Fado, Samba e beijos com língua do casulo artes performativas / Ruído Rosa de Alina Ruiz Follini / KDEIRAZ de Natália Mendonça; a performance ZOO da companhia Macaquinhos e o figurino da peça Trypas Coração de Tita Maravilha e Cigarra.