Gio Lourenço

RESIDÊNCIA

GIO LOURENÇO

2 – 6 OUT 2023

 

BOCA FALA TROPA

A partir de um corpo a vários tempos e tendo como base os movimentos do kuduro, Gio Lourenço (Angola, 1987) constrói um itinerário biográfico onde o corpo se torna uma alegoria da memória. O Kuduro surge nos anos 90, em Luanda, no contexto de uma guerra civil. Os códigos específicos deste estilo de música / dança chegavam a Portugal através do corpo e das K7s dos que transitavam entre estes dois países. É na adolescência, no final dos anos 90 e já a viver em Portugal, que Gio Lourenço entra em contacto com este universo e se torna kudurista, descobrindo um corpo partido – o seu – onde a memória se reinventa no gesto.

BOCA FALA TROPA propõe um território artístico deslocado de uma geografia concreta – o trânsito entre Angola e Portugal – partindo dos passos e dos códigos do Kuduro para cruzar elementos da memória individual, e as suas inevitáveis ficções, com elementos da memória coletiva.


Direção artística Gio Lourenço

Texto Gio Lourenço e Cátia Terrinca

Dramaturgia Cátia Terrinca

Apoio à criação Neusa Trovoada e Sofia Berberan

Performers Gio Lourenço, Xullaji e Vânia Doutel Vaz (em vídeo)

Vídeoartista Michelle Eistrup

Desenho de som Xullaji

Desenho de luz e operação Manuel Abrantes

Apoio ao movimento Vânia Doutel Vaz, Fogo de Deus

Acompanhamento em corpo Sofia Neuparth

Cenografia e figurinos Neusa Trovoada

Figurinos do vídeo Magda Buczek

Guarda-roupa A Ulla Jensen

Fotografia Sofia Berberan

Produção executiva (difusão) Nuno Eusébio e Maria Inês Marques

Apoio à produção e gestão (difusão) c.e.m. – centro em movimento


 

Gio Lourenço

Nasceu em 1987 em Luanda, Angola, e cresceu em Portugal. Foi bolseiro do Centro Nacional de Cultura para a formação em “Dança e Performance” no c.e.m. Fez o Curso de Teatro e Animação na CERCICA. É ator residente do Teatro GRIOT, tendo participado como ator em peças encenadas por Zia Soares, Rogério de Carvalho, Nuno M Cardoso, Guilherme Mendonça, entre outros. A sua performance “Preta” foi apresentada no Pavilhão da Holanda na 17a Bienal de Veneza. Também no âmbito da 17a Bienal, desenvolveu o projeto “Memória Botânica” em parceria com Sofia Berberan. Participou no projeto “Charging Change” da artista visual Michelle Eistrup (Documenta 2022).  Participou nos filmes “O Lugar que Ocupas”, de Pedro Filipe Marques, “Tempestades: Ensaio de um Ensaio” de Uli Decker, “A Ilha dos Cães”, de Jorge António, “Arriaga”, de Welket Bungué, “Filmes e Telemóvel”, de Adriano Luz, e “Verdade Inconveniente”, de Pedro Sebastião e Paulo Cuco.  Em televisão participou em “Equador”, “Inspector Max”, “Ele é Ela” e “Café Kwanza”. Participou como bailarino em vários videoclips.