21 JUNHO 2024, 19H
- CASA DA DANÇA - Ponto de Encontro / Partilha de Processo
AQUI, ALI, LÁ
NICOLE GOMES e EMILY DA SILVA
Preçário: Entrada livre
Reservas: casadadanca@casadadanca.pt
Residência na Casa da Dança de 11 a 21 de junho.
AQUI, ALI, LÁ é um dos três trabalhos selecionados para o “Apoio à Criação 2024”, uma parceria entre o Forum Dança e a Casa da Dança.
Seria o silêncio uma ficção?
Investigamos a relação do som, corpo e espaço explorando sobretudo as dinâmicas de proximidade e distância. Inspiradas a partir do conceito da ecolocalização, processo em que alguns animais emitem ultrassons para interpretar a distância do que está ao seu redor, imaginamos interlocuções entre matéria e corpo através da reflexão do som.
A mitologia da ninfa Eco, que foi castigada a repetir apenas as últimas palavras que ouvia, serve também como uma metáfora, e abre possibilidades para um dispositivo de repetição de sons e palavras até que se diluam. “Em psicologia existe um conceito semântico chamado “saciação semântica”. É um fenômeno no qual se repete uma palavra a tal ponto que ela perca o significado. A repetição incessante da palavra gera um estranho desgaste que consome, abrindo com o som que lhe sobra um espaço vazio, um lugar pré-semântico que é anterior à própria linguagem.”
Investigamos também o eco compreendido pela imagem, adentrando relações de reflexo, espelho, duplo, a partir da perspectiva que nos compreendemos a partir do outre, em uma dinâmica na qual dispositivos coreográficos transcrevem isso. Interessa-nos compor uma ecologia do eco, onde possamos evocar Eco, transgredindo a sua restrição – em desejo, na crença de que pela insistência possa haver transformação.
Investigamos a relação do som, corpo e espaço explorando sobretudo as dinâmicas de proximidade e distância. Inspiradas a partir do conceito da ecolocalização, processo em que alguns animais emitem ultrassons para interpretar a distância do que está ao seu redor, imaginamos interlocuções entre matéria e corpo através da reflexão do som.
A mitologia da ninfa Eco, que foi castigada a repetir apenas as últimas palavras que ouvia, serve também como uma metáfora, e abre possibilidades para um dispositivo de repetição de sons e palavras até que se diluam. “Em psicologia existe um conceito semântico chamado “saciação semântica”. É um fenômeno no qual se repete uma palavra a tal ponto que ela perca o significado. A repetição incessante da palavra gera um estranho desgaste que consome, abrindo com o som que lhe sobra um espaço vazio, um lugar pré-semântico que é anterior à própria linguagem.”
Investigamos também o eco compreendido pela imagem, adentrando relações de reflexo, espelho, duplo, a partir da perspectiva que nos compreendemos a partir do outre, em uma dinâmica na qual dispositivos coreográficos transcrevem isso. Interessa-nos compor uma ecologia do eco, onde possamos evocar Eco, transgredindo a sua restrição – em desejo, na crença de que pela insistência possa haver transformação.