Com estreia na TRANSBORDA, “Quando eu morrer me enterrem na floresta” foi um dos quatro trabalhos selecionados para o “Apoio a Criação 2022”, uma parceria entre o Forum Dança de Lisboa e a Casa da Dança de Almada.
No conto “Meu tio o Iauaretê”, Guimarães Rosa nos convida a navegar em uma narrativa onde um homem em isolamento ao receber a visita de um forasteiro e sentir-se ameaçado transmuta-se em onça devorando o visitante. “Quando eu morrer me enterrem na floresta” é sobre uma natureza primitiva, furiosa, selvagem, implacável, vingativa, encantada. Neste estudo performativo, Francisco e Francisca investigam gestos inacabados, modulações tônicas e ativações da presença dentro de uma ficção onde habitam uma floresta de seres mágicos “que são onça, que são gente, que são onça, que são gente”. Nesse espaço de imaginação, onde público e performers estão muito perto, o morrer ao som de cigarras.
Francisco Thiago Cavalcanti – Artista cearense da dança, da performance e do teatro, bacharel em Dança e mestre em Educação na linha de pesquisa Inclusão, Ética e Interculturalidade. Começou sua prática nas artes aos nove anos e hoje com trinta e oito pode dizer que teve lindos encontros e trabalhos com artistas como Lia Rodrigues, com quem colaborou por sete anos, e: Luana Bezerra, Sílvia Moura, Márcio Abreu, Alex Cassal, Denise Stutz, Denise Fraga, Dani Lima, Clara Kutner, Marcela Levi, Lucía Russo, entre outros. Atualmente, nômade, desenvolve seu trabalho sozinho e com parcerias provisórias. Em 2022 cria a peça “Também se matam cavalos”, no Programa Avançado de Criação em Artes Performativas (Fórum Dança-PT), sob curadoria de João Fiadeiro.