Paulo Ribeiro
Natural de Lisboa, foi bailarino em várias companhias belgas e francesas, antes de se afirmar como coreógrafo.
A estreia enquanto coreógrafo deu-se, em 1984, em Paris, no âmbito da companhia Stridanse, da qual foi cofundador. De regresso a Portugal, em 1988, começou por colaborar com a Companhia de Dança de Lisboa e com o Ballet Gulbenkian, para os quais criou, respetivamente, “Taquicardia” (Prémio “Revelação” do jornal Sete, em 1988) e “Ad Vitam”. Com o solo “Modo de Utilização”, interpretado por si próprio, representou Portugal no Festival Europália 91, em Bruxelas.
A sua carreira de coreógrafo expandiu-se no plano internacional, a partir de 1991, com a criação de obras para companhias de renome: Nederlands Dans Theater II e III, Grand Théâtre de Genève, Centre Chorégraphique de Nevers, Ballet de Lorraine.
Em 1994, o criador foi galardoado com o Prémio “Acarte/Maria Madalena de Azeredo Perdigão” pela obra “Dançar Cabo Verde”, criada conjuntamente com Clara Andermatt.
Em 1995, fundou a Companhia Paulo Ribeiro e recebeu vários prémios de relevo, como o “Prix d’Auteur”, nos V Rencontres Chorégraphiques Internationales de Seine-Saint-Denis (FR); o “New Coreography Award”, atribuído pelo Bonnie Bird Fund-Laban Centre (UK), o Prémio “Bordalo da Casa da Imprensa” (2001), o Prémio “Almada” atribuído pelo Instituto Português das Artes do Espetáculo e ainda o prémio “Melhor Coreografia” pela Sociedade Portuguesa de Autores, pelo espetáculo “Paisagens – onde o negro é cor” (2010).
Entre 1998 e 2016, desempenhou o cargo de diretor-geral e de programação do Teatro Viriato (Viseu), à exceção de um interregno
entre 2003 e 2005, em que foi diretor artístico do Ballet Gulbenkian e foi ainda Comissário do ciclo “Dancem” em 1996, 1997, 2009 e
2011 no Teatro Nacional São João, Porto.
Em 2016, assume a direção artística da Companhia Nacional de Bailado, cargo que ocupou até 2018. Em 2019 lança o projeto de uma Casa da Dança em Almada.
Em janeiro de 2022, Paulo Ribeiro volta a assumir a direção artística da própria companhia.