17 DEZ 2021, 21h

  • FÓRUM MUNICIPAL ROMEU CORREIA - Auditório Fernando Lopes-Graça

DANÇAS PRECÁRIAS

BRUNO ALEXANDRE

 

Criação: Bruno Alexandre

Co-Criação e interpretação: André de Campos, Beatriz Dias,

Francisca Pinto, Francisco Rolo e Joana Castro

Desenho de luz: Cárin Geada

Música e sonoplastia: Miguel Lucas Mendes

Cenografia: Henrique Ralheta

Figurinos: Silvana Ivaldi

Produção executiva: Raquel Bravo

Registo e edição de imagem: Joana Linda

Produção: Escarpa Fictícia

Co-Produção: Casa da Dança de Almada e

Bolsa de criação O Espaço do Tempo

com o apoio do BPI/ Fundação La Caixa

Apoio Financeiro: República Portuguesa – Cultura /

Direção Geral das Artes

Apoio à criação: Estúdios Victor Cordon, Musibéria,

CM- Almada

Fotografia ©Bruno Frango

 

Classificação etária: M/12

 

 

“Quando era criança, jogava sozinho a um jogo muito popular na altura. Eu chamava-lhe o jogo de andar à roda sem parar. A ideia era rodar no mesmo lugar sem parar até cair e, perante a queda, ver tudo a andar à roda, o que já revelava um apetite particular pela instabilidade.
Em 2009, perante a crise da austeridade, voltei a jogar o mesmo jogo, mas já lhe chamava precariedade, à qual vinham associados sintomas de vertigem e fatalismo.
Em 2019 comecei a pensar numa peça que se intitularia danças precárias e em que procuro jogar o mesmo jogo que joguei em criança, praticando a curiosidade de eternizar a vertigem, mas agora de uma forma colectiva e tendo em vista ideias de manifestação, resistência, intermitência e devoção enquanto formas de acção coreográfica e política.
Danças Precárias são a hipótese que coloquei para imaginar como resistir ao abismo da precariedade, construindo partituras funâmbulas em que a devoção ao trabalho que escolhemos é a base possível para uma profissão que vive dentro de um labirinto sem saída aparente.”

 

Bruno Alexandre (n. 1977, Lisboa). Licenciado em Dança pela Escola Superior de Dança e Licenciado em Direito pela Universidade Autónoma de Lisboa. Mestre em Artes Cénicas pela FCSH. Trabalhou na Companhia Olga Roriz como bailarino e assistente de criação, entre 2007 e 2020. Como coreógrafo criou o solo “Cinemateca”, que teve a sua estreia no Festival Cumplicidades, “Cavalos Selvagens”, estreado na Culturgest e, a “Caminhada” uma co-produção do LU.CA.