Ça va exploser é a história de uma crise. A crise de um encontro. Com o outro, com nós mesmos, com o mundo. Na superfície tudo aparenta estar calmo… As palavras e os gestos acomodam-se no protocolo ficcional de uma relação e ocupam um espaço de intimidade construído. Os acontecimentos dão-se nas brechas dessa ficção.
Que ideias utilizamos para pensar com outras ideias? Falamos a mesma língua? São tempos confusos. As coisas colidem, sobrepõem-se, atropelam-se. Aqui e ali sincronizam, partilham um plano comum. Mas parece que só o fazem para poderem confirmar a impossibilidade de continuidade. A iminência da explosão.
O título “Ça va exploser” remete para uma das imagens do livro “Ma vie va changer”, de Patrícia Almeida e David-Alexandre Guéniot, que serve como território de referência afetiva e estrutural para a construção deste trabalho.
Carolina Campos é brasileira e vive entre Lisboa e Barcelona. Realizou o Programa de Estudos Independentes do Museu de Arte Contemporânea de Barcelona. No Brasil trabalhou com a Lia Rodrigues Cia de Danças, entre 2008 e 2011. Colabora intensamente desde 2013 com João Fiadeiro na formação, criação e investigação da “Composição em Tempo Real”. Em Barcelona está associada ao Centro de Criação Escocesa.
João Fiadeiro é português e vive em Lisboa. Foi diretor artístico do Atelier | RE.AL entre 1990 e 2019. O seu trabalho enquanto coreógrafo, investigador e professor gravita em torno do sistema “Composição em Tempo Real”, uma ferramenta teórico-prática de apoio à composição, colaboração e decisão.
Márcia Lança Criou Dentro do Coração, NOME, Por esse Mundo Fora, Evidências Suficientes para a Não Coerência do Mundo, Happiness and Misery, 9 Possible Portraits, O Desejo Ignorante, Trompe le Monde, Morning Sun, Dos joelhos para baixo. Colaborou com João Fiadeiro, Cláudia Dias, Sónia Baptista, Alex Cassal, Carolina Campos, Miguel Castro Caldas, Olga Mesa, Nuno Lucas, Jørgen Knudsen, Aniol Busquets e Thomas Forneau.